sexta-feira, 11 de julho de 2014

ESCOLHENDO UM TELESCÓPIO PARA ASTRONOMIA
                Tendo em vista a vasta variedade de telescópios disponíveis no mercado, como um entusiasta, mas consumidor inexperiente pode escolher o modelo certo? A resposta para essa questão explicará as diferenças entre tipos específicos de telescópios, mas para entender de forma mais abrangente é importante primeiro entender alguns pontos básicos sobre telescópios para astronomia em geral.
                                                                                                                                                        

ABERTURA É O FATOR MAIS IMPORTANTE
A especificação mais importante para qualquer telescópio astronômico é sua abertura. Esse termo refere ao diâmetro do elemento ótico principal seja o espelho primário ou lentes. A abertura de um telescópio esta relacionado diretamente com dois aspectos vitais da performance do equipamento: sua capacidade de absorver luz (determina o quanto luminoso os objetos serão visualizados) e sua potência máxima de resolução (o quão detalhado serão as imagens). Existem outros critérios a serem considerados durante a seleção de um telescópio, mas se você aprender apenas um aspecto que seja o a seguir: quanto maior a abertura de um telescópio (sua largura ou diâmetro) melhor, pois mais luz entra no equipamento.

NÃO SE ILUDA COM PODER DE AMPLIAÇÃO (600X, 1000X...)
Infelizmente, a primeira coisa que vem a mente quando um iniciante quer comprar um telescópio seria “qual o poder de ampliação ?”. Ao contrário como afirmamos acima deveria ser “qual o diâmetro do equipamento ?”. A verdade é que qualquer telescópio pode suprir praticamente qualquer poder de ampliação dependendo da ocular usada. O fator que limita o máximo de ampliação efetiva de qualquer telescópio como você pode ter imaginado é sua abertura. Aumentando a ampliação, a imagem no telescópio fica maior, a luz captada pelo telescópio é projetada sobre uma área maior e consequentemente a imagem fica mais escurecida. Existe um limite absoluto, determinado pelas características físicas da luz, que determina a melhor resolução de imagem para uma determinada abertura. Ao ultrapassar o limite de ampliação imagem começa a perder luminosidade e gradativamente se transforma numa bolha sem resolução.

Limite máximo de ampliação de qualquer telescópio é de 50 vezes sua abertura em polegadas ou duas vezes sua abertura em milímetros. Isso corresponde a 100x ou 120x para pequenos telescópios o que é suficiente para visualizar os anéis de Saturno ou nuvens de Júpiter. A regra de 2x para cada milímetro é mais simples e pode variar para mais ou menos dependendo da qualidade ótica do conjunto e visão do observador. Observadores experientes normalmente usam menos poder de ampliação, em torno de 0.5x a 1x por milímetro é o suficiente para a maioria dos objetos. Qualquer fabricante que afirma que um telescópio de 60 mm pode visualizar bem à 450x (7.5x a abertura em milímetros) esta passando uma informação errada.

QUANTO MAIOR MELHOR, PORÉM…
Enquanto a abertura é o aspecto mais importante de um telescópio, existem algumas exceções à regra que “quanto maior melhor”.  A primeira é obvia: a facilidade de movimentar. Os maiores telescópios são realmente grandes e requerem uma casa ou observatório permanente ou bastantes músculos, uma caminhonete e costas fortes motivadas! Existe um limite para o que seria necessário de desempenho e facilidade de movimentação. Esse limite existe dependendo dos seus recursos físicos e financeiros. Iniciantes devem começar com um modelo com abertura suficiente de forma de seja fácil manobra-lo. Evite cair na tentação da abertura grande. Aqueles que não conseguem estabelecer o limite compram o maior telescópio que o bolso pode suportar sem pensar em como usa-lo. Esses telescópios monstros normalmente acabam num canto da garagem acumulando poeira, exilado pelo crime de ser muito pesado e grande, enquanto os entusiastas de fim-de-semana ao invés de se transformarem em caçadores de estrelas acabam frustrados.

O CÉU É O LIMITE
A segunda limitação de um telescópio é menos óbvia mas fica clara após as primeiras sessões de astronomia: A atmosfera terrestre limita o quanto você pode visualizar. Estrelas e planetas visualizados através de um telescópio parecem distorcidas tendo em vista que a luz passa através da atmosfera. Esse efeito é conhecido por astrônomos como “seeing” e se torna mais aparente e incomodante na medida em que a abertura aumenta. Afeta principalmente a observação da Lua e planetas onde a ampliação aplicada para revelar mais detalhes aumenta também a turbulência do ar.

A distorção devido ao “seeing” varia de acordo com as correntes de ar nas altas camadas da atmosfera e de forma menos direta pela altitude e topografia do local de observação. “““ “““ Numa noite normal e num local normal a turbulência limitará o limite de ampliação para algo em torno de 250x ou 300x e previne que telescópios maiores que oito” ou 10” atingem o máximo de seu desempenho de ampliação. Telescópios maiores que 10” normalmente são usados por observadores que preferem visualizar galáxias, nebulas e star clusters com pouca luminosidade.


MONTAGEM DE TELESCÓPIOS
O ultimo tópico importante a ser coberto antes de entrar no assunto de ótica são os tipos de montagem. Telescópios são oferecidos como Altitude-Azimute (altaz) que movem para cima-baixo (altitude) e esquerda-direita (azimute) ou equatorial que se alinham com eixo de rotação da Terra.

Montagens azimutais são geralmente mais simples de usar e preferidas se o telescópio é usado para observação diurna e noturna. As melhoras montagens azimutais oferecem controles de precisão de pequenos incrementos e são mais recomendados para ampliações de até 150x. A montagem Dobsoniana é uma variação da azimutal. Utiliza materiais não convencionais para telescópios como madeira e teflon numa montagem que se movimenta facilmente, extremamente estável e pode suportar grandes telescópios por um baixo custo. Apesar de não existir motores elétricos ou engrenagens de precisão pode ser usado com grande sucesso em telescópios grandes de até 200x de ampliação ou mais !

Montagens equatoriais são mais apropriadas para observação astronômica do que terrestre. Sua vantagem esta no fato de facilitar o rastreamento de objetos no céu. Esse movimento pode ser feito através de um controle manual de precisão ou por um motor elétrico. A facilidade de visualização para altas potências torna a montagem equatorial a preferida para quem deseja observar a Lua e planetas. Caso queira se especializar em fotografia astronômica a montagem equatorial é a mais recomendada.


TELESCÓPIOS DIFERENTES PARA CADA TIPO DE OBSERVADOR
Agora que temos informação sobre os princípios básicos de um telescópio, seu desempenho e montagem. Podemos discutir três modelos óticos básicos: o refrator, o refletor e o composto ou catadióptrico.
O modelo refrator é o modelo que a maioria dos “caçadores de estrelas” pensa quando escutam a palavra telescópio. É um tubo longo e fino montado num tripé com lentes de um lado e ocular do outro. Os refratores foram o primeiro tipo de telescópio inventado e os modelos de refratores mais modernos são os que obtêm as melhores imagens para uma determinada abertura. Normalmente são escolhidos por observadores que preferem a Lua e planetas por possibilitar as imagens mais nítidas e de alto contraste e alta ampliação sofrendo menor interferência por causa de aspectos atmosféricos que outros tipos de telescópios. Também requerem menor manutenção que os refletores ou catadióptricos. Consequentemente são os preferidos dos astrônomos iniciantes.

Porém a qualidade e facilidade não vêm com um preço baixo e os refratores são também os mais caros na relação preço x abertura. Grandes refratores podem custar dezenas de milhares de R$ e ainda assim são considerados pequenos para observação astronômica de longa distância. A grande distância focal dos refratores restringe o campo de visão tornando difícil visualizar grandes objetos como constelações e galáxias. E o fato de usar um tubo longo com ocular requer o uso de um tripé grande e alto que se não for de qualidade acaba por trazer instabilidade para o conjunto dificultando assim a observação.




O modelo refletor usa um espelho ao invés de lente para captar a luz e focaliza-la. O tipo mais comum de refletor seria o Newtoniano que usa um espelho primário côncavo no fundo do tubo do telescópio. Um espelho secundário do outro lado direciona a luz captada pelo tubo direto numa ocular. Os modelos Newtonianos oferecem as maiores aberturas possíveis e quando bem feitos podem atingir excelente qualidade de imagem.

Grandes refletores de abertura maior que 10” em montagens Dobsonianas são os mais populares entre astrônomos que buscam baldes de luz no espaço profundo. Esses modelos gigantes tem melhor performance durante noites bem escutas longe de grandes cidades. A versatilidade e valor de modelos newtonianos entre 4.5” a oito” com montagens equatoriais ou dobsonianas fazem uma excelente escolha para o iniciante com interesses gerais.

O modelo refletor newtoniano requer manutenção ocasional. Ao contrário do refrator, os espelhos de um refletor precisam de alinhamento periódico ou colimação para melhor nitidez das imagens. Enquanto muitos iniciantes encaram a colimação como um procedimento complicado na verdade é bem simples e não mais que alguns minutos. O tubo do refletor também fica aberto e exposto ao ar e humidade ao contrário do refrator. Se os espelhos não estiverem protegidos pela capa do tubo com o tempo podem acumular poeira e partículas necessitando de limpeza ocasional.

O mais moderno dos três tipos comuns de telescópio para amadores seria o catadióptrico. Usando uma combinação de lentes e espelhos para captar luz e focaliza-la. A maior vantagem desse modelo seria seu tamanho compacto pois as lentes e espelhos em conjunto permitem diminuir o tamanho do tubo e da abertura do telescópio sem perder muita qualidade. Usando uma montagem equatorial um tubo menor e mais leve e mais econômico equivale a um grande Newtoniano. Os modelos catadióptricos são mais usados por quem deseja um tamanho menor sem grandes perdas de qualidade de imagem e abertura.

       
Os nomes Schmidt-Cassegrain e Maksutov-Cassegrain se referem a modelos específicos de telescópios catadióptricos que usam lentes de perfil diferente para resultados similares. O Maksutov é normalmente relacionado com melhor qualidade de imagem apesar de não existir muito fundamento para suportar essa opinião. Provavelmente Maksutov desenvolveu sua reputação como catadióptrico superior devido o fato de superfícies esféricas serem mais fáceis de produzir com alta precisão que os formatos Schimidt. Sendo assim, um construtor de telescópio que consegue atingir um mínimo de qualidade pode produzir um Maksutov “médio” que tem a mesma ou melhor performance que um Schimidt. Em telescópios de alta qualidade de origem reconhecida ambos os modelos atingem excelente qualidade de imagem.

Existem alguns detalhes nos modelos catadióptricos. Como em qualquer telescópio que usa espelhos, ocasionalmente é necessário fazer uma colimação para melhor nitidez. O custo de um telescópio catadióptrico é mais alto que um Newtoniano da mesma abertura apesar de ser mais barato que um refrator da mesma abertura. De forma mais significante para observação planetária, o espelho secundário no catadióptrico é maior que o secundário de um Newtoniano. Sendo que o contraste também é menor devido o caminho a ser percorrido. De uma forma geral, astrônomos que desejam alta qualidade e facilidade de transporte normalmente optam pelos modelos catadióptricos.

CONSIDERANDO O PREÇO
Orçamento é um fator de decisão de compra na maioria dos casos. Mas existem três armadilhas que devem ser observadas:

Não compre um modelo baratinho de shopping ou supermercado com a intenção de ver como funciona e fazer um upgrade depois. Muitos desses modelos são de péssima qualidade e normalmente frustram o iniciante de forma que abandonam a atividade ou simplesmente jogam for a para comprar outro modelo de maior qualidade.
Por outro lado não gaste uma fortuna ao iniciar na astronomia. Existem muitos modelos a preços acessíveis de excelente qualidade que podem mostrar os Anéis de Saturno, a Lua e muito mais. Comprar um modelo de qualidade mas para iniciante é a melhor forma de decidir como investir no futuro.
Finalmente se você é um daqueles afortunados onde o preço não é um fator importante, pense duas vezes antes de comprar um modelo muito grande que normalmente são o sonho de consume de muitos astrônomos experientes. Normalmente esses modelos são difíceis de manusear e requerem uma instalação igualmente cara para tirar o melhor proveito.
E a astrofotografia ?
Antes de chegar a qualquer conclusão eis um conselho para iniciantes que desejam pular de cabeça na astrofotografia: “NÃO !”. Pelo menos até você ter aprendido o suficiente sobre como operar seu telescópio e onde ficam os objetos no céu. Fotografia do paraíso pode ser uma atividade maravilhosa de perda de tempo, mas é uma combinação de arte e ciência com uma enorme curva de aprendizagem que desencoraja iniciantes que tentam fazer tudo ao mesmo tempo. Claro que astrofotografia é o interesse  não tem nada de errado ao selecionar um telescópio baseado na facilidade de adaptação de uma câmera no futuro. Enquanto a maioria dos telescópios pode usada para fotografias amadoras o aspecto mais importante para um instrumento de fotografia astronômica são a montagem equatorial e a facilidade de conectar uma câmera que pode ser focada. Por uma séria de motivos técnicos e econômicos telescópios catadióptricos de oito” de abertura são os mais usados para fotografia astronômica. E também servem como excelentes equipamentos para observação em geral.




CONCLUSÃO
 1 - Qual então é o telescópio certo ? Essa decisão deve ser tomada individualmente mas existem três conselhos abaixo:

2 - O melhor telescópio para você é aquele que você pode usar com maior regularidade. Um enorme e excelente telescópio com ótica impecável não tem nenhuma graça guardado na garagem ou armário.
3 - Levando em conta que todos são iguais, um telescópio com abertura maior tem resultados melhores que um com abertura menor
4 - Compre de uma empresa que entende sobre telescópios e astronomia e que pode dar suporte depois da compra. Imagine se o supermercado ou shopping Center pode fazer isso ? 

Editado por : Luana
Via : http://www.astroshop.com.br/

sexta-feira, 30 de maio de 2014

ESTRELAS

Segundo os dicionários, Estrela é um astro que tem luz e calor próprio e que apresenta um brilho cintilante; nome comum aos astros luminosos que mantêm praticamente as mesmas posições relativas na esfera celeste, e que, observados a olho nu, apresentam cintilação. Mas por trás disso, existem explicações mais científicas:

Cada Estrela é na verdade, uma violenta bola giratória de gás luminoso e quente. A quantidade de gás que uma Estrela contém é muito importante, uma vez que influencia a gravidade, a temperatura, a pressão, a densidade e o tamanho da Estrela.

As Estrelas nascem em grupos, a maior parte dos quais se divide, mas outras são mantidas juntas pela gravidade. O resto da vida de uma Estrela depende da sua massa. Quanto mais massa, mais curta e tempestuosa é sua vida. Algumas são simplesmente tão enormes que explodem. Mas a maioria tem um tempo estável de vida, brilhando firmemente.

Com a mudança de estações, novas Estrelas aparecem, sendo 6.000 o total visível durante o ano todo. As Estrelas diferem muito em cor e brilho. Algumas são amarelas, outras vermelhas (mais frias), outras azuis (mais quentes). Algumas brilham intensamente, outras brilham pouco, a ponto de não enxergarmos da superfície terrestre.



A VIDA DE UMA ESTRELA

Todas as Estrelas começam da mesma maneira. O espaço existente entre elas não é inteiramente vazio. Nuvens de poeira e gás Hidrogênio flutuam aqui e ali, às vezes tão espessas que obscurecem nossa visão das Estrelas. É por esse motivo que não podemos ver o centro da nossa galáxia.

Mas em alguns locais as nuvens começam a se condensar, ficando cada vez mais espessas. Isso acontece porque as partículas da nuvem são atraídas umas contra as outras pela sua própria gravidade. Conforme a nuvem se condensa, começa a esquentar. Durante um período de milhões de anos ela acaba por se transformar numa bola de gás Hidrogênio; essa bola se esquenta de tal maneira que atinge cerca de 1.100.000 graus Celsius e começam a ocorrer reações termonucleares, nas quais o Hidrogênio começa a se transformar em Hélio, com grande liberação de energia.

A radiação resultante é intensa, o suficiente para impedir que a bola de gás continue a se contrair, e assim a Estrela assume um tamanho estável e, ao mesmo tempo, passa a brilhar de maneira uniforme. Logo que começa a brilhar, a Estrela inicia uma mudança lenta. A velocidade com que ela muda depende da rapidez do processo de produção de energia nuclear em seu interior. A velocidade desse processo, por sua vez, depende da massa da Estrela. Quanto maior a massa da Estrela, maior sua luminosidade e temperatura, e mais rápida é a sua mudança.

Uma Estrela muda porque sua reserva de Hidrogênio decresce. O centro de uma Estrela se contrai, e a temperatura e pressão no centro se elevam. Ao mesmo tempo, a temperatura da camada externa cai gradualmente. A Estrela se expande muito e transforma-se numa Gigante Vermelha. Com o tempo, a Gigante Vermelha começa a perder material de sua superfície. A força da gravidade na Estrela ultrapassa a pressão no seu interior, e a Estrela começa a entrar em colapso, ou a desmoronar internamente. As Estrelas grandes queimam a uma temperatura muito alta, consumindo rapidamente seu combustível, por isso vivem apenas alguns milhões de anos. Quando o combustível acaba, as Estrelas tornam-se instáveis e desaparecem numa enorme explosão, transformando-se em Supernovas. A Estrela pode finalmente tornar-se uma Anã Branca, talvez o último estágio de uma Estrela.

O material que forma uma Anã Branca é tão compactado que a Estrela pode ter apenas o tamanho da Terra ou menos. A Estrela pode então esfriar lentamente ou contrair-se ainda mais. Se ela se contrair, ela pode tornar-se ou uma estrela de nêutrons ou uma estrela colapsada chamada Buraco negro. Essas catástrofes não são frequentes, ocorrendo aproximadamente uma vez em cada século em nossa galáxia. Mas elas não passaram despercebidas, pois as Estrelas que sofreram essas explosões tornam-se tão brilhantes que podem ser vistas durante o dia.

Quando a Estrela desprende suas camadas externas ou explode, lança elementos no espaço, sob a forma de gás e poeira. Esse gás e essa poeira podem eventualmente tornar-se parte de uma nuvem que os condensam numa nova Estrela. Dessa forma, átomos dos vários elementos podem ser reciclados em todo Universo. Alguns dos átomos que constituem os nossos corpos e o nosso mundo podem ter nascido da morte de Estrelas remotas




TIPOS DE ESTRELAS

ANÃ BRANCA: Estrela pequena e quente, que se acredita assinalar o estágio final de evolução de uma Estrela como o Sol. Uma Anã branca é mais ou menos do tamanho da Terra, embora contenha tanta matéria quanto o Sol. Essa matéria compacta é tão densa que um dedal dela pesaria uma tonelada ou mais. As Anãs brancas são tão fracas que mesmo as mais próximas de nós, que giram em torno de Sirius e de Procyon, só são vistas com telescópio.

Anã vermelha: Estrela fria e fraca, de massa menor que a do Sol. As Anãs vermelhas são provavelmente as Estrelas mais abundantes em nossa galáxia, embora seja difícil observá-las em virtude de seu brilho fraco. Mesmo as Anãs vermelhas mais próximas, Próxima Centauri e a Estrela de Barnard, são invisíveis sem telescópio.

Binária Eclipsante: Par de Estrelas que giram em órbitas uma da outra. Assim, periodicamente uma delas passa em frente da outra para o observador na Terra. A primeira binária eclipsante descoberta foi Algol.

Estrelas binárias (ou Estrela dupla): Par de Estrelas que giram uma ao redor da outra. A maioria das binárias dá, a olho nu, a impressão de ser uma Estrela simples. Algumas dessas Estrelas estão tão próximas entre si que sua existência só pode ser deduzida a partir da análise espectroscópica da luz que emitem. Em algumas binárias uma Estrela eclipsa periodicamente a outra.

Estrela de nêutrons: Pequena Estrela densa, que se acredita assinalar o ponto final da evolução de Estrelas com massa maior que o Sol. Uma Estrela de nêutrons tem diâmetro de apenas cerca de 15 quilômetro, embora contenha tanta matéria quanto nosso Sol. Essa matéria está comprimida de tal maneira que um dedal pesaria milhares de milhões de toneladas. Acredita-se que os pulsares, poderosas fontes de ondas de rádio, sejam Estrela de nêutrons.

Estrela variável: Estrela cuja produção de luz apresenta variações. Algumas variam de tamanho, como as variáveis cefeídas; outras são Estrelas duplas próximas, que periodicamente se eclipsam. Em 1975, mais de 25.000 Estrelas foram classificadas em nossa galáxia.

Gigantes Vermelhas: Estrelas maiores que o Sol, e de temperatura mais baixa. Acredita-se que o estágio de gigante vermelha seja alcançado próximo ao fim do ciclo de existência de uma Estrela, quando ela se expande por força da pressão da radiação produzida pelas reações termonucleares ocorridas em seu núcleo. O Sol deverá se transformar numa gigante vermelha semelhante a Arcturus, dentro de mais ou menos 5.000 milhões de anos. As Estrelas que se tornam dezenas ou centenas de vezes maiores do que o Sol são chamadas supergigantes.

NEBULOSA: Massa de poeira e gás em nossa galáxia. Algumas nebulosas são brilhantes, o que resulta da difusão da luz de Estrelas situadas em seu interior. Outras são mais escuras.

Nebulosa planetária: Massa esférica de gás que, vista através de um pequeno telescópio, apresenta um disco, semelhante a um planeta, o que explica o seu nome. De fato, essas nebulosas nada têm a ver com planetas; acredita-se que sejam as camadas externas de antigas Estrelas gigantes vermelhas que passaram a vagar no espaço; seus núcleos teriam se transformado em anãs brancas.

Nova: Estrela que está explodindo. Em um único dia, seu brilho aumenta 10.000 vezes ou mais, para depois esmaecer lentamente num período de semanas ou meses. Acredita-se que as novas sejam sistemas de Estrelas duplas nas quais o gás flui de uma Estrela para uma anã branca irmã. Esse gás se inflama e é expelido da anã branca, causando a erupção de brilho. Uma Estrela não é devastada por uma explosão de nova; assim o processo pode se repetir, ao contrário do que se acredita que ocorra com as supernovas.

Pulsar: Fonte de rádio de pulsação rápida que se acredita ser uma Estrela de nêutrons giratória e que emite um feixe de radiação semelhante à luz de um farol. Os pulsares foram descobertos em 1967, e hoje já são conhecidos cerca de 150 pulsares. O pulsar mais rápido pulsa 30 vezes por segundo (centro da nebulosa do Caranguejo) e os mais lentos pulsam uma vez em cada 3 segundos, mais ou menos.

Quasar: Objeto de grande intensidade de brilho, situado num ponto remoto do espaço, e que se acredita ser o centro de uma galáxia em formação. Os quasares são tão pequenos que parecem Estrelas mesmo nos maiores telescópios; mas eles produzem milhares de vezes mais energia do que uma galáxia como a Via-Láctea. Talvez sua energia se origine de um buraco negro gigante existente em seu centro.

Supernova: Explosão brilhante de uma Estrela de massa elevada, no fim de sua existência. Numa supernova a Estrela brilha com uma intensidade milhões de vezes maiores do que o seu brilho normal. As camadas exteriores da Estrela são expelidas, formando um objeto como a nebulosa do Caranguejo; o núcleo da Estrela pode se transformar numa Estrela de nêutrons, ou mesmo num buraco negro.

Variável cefeída: Tipo de Estrela cuja produção de luz varia regularmente, à medida que se contrai e se expande. Trata-se de Estrelas gigantes, dezenas de vezes maiores que o Sol, e centenas de milhares de vezes mais brilhantes. A variáveis cefeídas são importantes indicadores de distância na astronomia.

POR: LEONARDO PEREIRA GAMA
VIA: COLA NA WEB
EDITADO POR LUANA SILVA

GALÁXIAS
Todos os planetas do nosso Sistema Solar orbitam o Sol, que é apenas uma dentre bilhões de estrelas que compõe a nossa galáxia: A Via Láctea. Observada e nomeada desde tempos muito remotos, foi apenas descoberto que o “caminho de leite” na verdade se tratava de um imenso número de estrelas, quando o famoso astrônomo Galileu Galilei a observou.


Quando observamos o céu em uma noite sem nuvens podemos ver milhares de estrelas dependendo das condições do local de onde observamos. Todas estas estrelas fazem parte desta galáxia em que o sistema solar está localizado. Se abstrairmos um pouco e pensarmos cada vez mais distante, haverá um momento em que será possível distinguir uma forma para esta organização de estrelas, no caso da via Láctea será uma forma espiralada praticamente planar, ou seja, a grande maioria das estrelas está localizada em um plano, o “disco” galáctico. O primeiro astrônomo a chegar a esta conclusão foi o também famoso William Herschel que mais tarde obteve confirmação de suas observações quando Harlow Shapley descreveu como as estrelas estariam organizadas em relação ao centro (bojo) da galáxia e também demonstrou que o Sol está mais próximo à borda da Via Láctea.



As galáxias são, portanto, formadas de estrelas, milhões ou bilhões delas. Existem várias classificações para cada uma dependendo de sua forma, como por exemplo, galáxias irregulares, elípticas, espirais, como é o caso da Via Láctea, Andrômeda, entre outras. As galáxias espirais também podem possuir um formato característico que é denominado de espiral barrada.
Entre as estrelas se encontra também muito gás e poeira, de fato ¾ da massa de uma galáxia está na forma de gás e poeira. Este é o material que restou de estrelas que já “se foram” e é também o material que novas estrelas utilização para se formar. Comentando de maneira breve: Estrelas são formadas principalmente por nuvens de gás, principalmente hidrogênio, que é o elemento mais simples existente e o primeiro a sofrer o processo de fusão nuclear no ciclo de reações que ocorrem durante o período de atividade de uma estrela.
Toda essa poeira e gases existentes nas galáxias também emitem luz porque seus átomos estão sendo excitados de alguma forma pela radiação das estrelas vizinhas e quando seus respectivos elétrons retornam ao estado fundamental, estes emitem fótons. Repare estas regiões nebulosas observando, por exemplo, as partes de cores azuis e rosas nesta fotografia da galáxia M66:



Observando em todas as direções é possível ver galáxias que podem estar tão perto como algumas centenas de milhares de anos luz até galáxias tão distantes que são necessários telescópios de grande porte para se fotografar e estudar. Devido a estas grandes distancias envolvida no estudo e observação de galáxias, parece pouco provável observa-las à vista desarmada ou mesmo com pequenos telescópios ou binóculos.


Felizmente isto não é verdade, a Via Láctea possui algumas galáxias satélites, isso mesmo, assim como a lua é um satélite natural da Terra, existe galáxias pequenas quando comparadas à Via Láctea que estão gravitacionalmente relacionadas “conosco”. Este fato intrigante nos permite observar dois objetos muito interessantes que são melhores observados de latitudes mais austrais devido à suas localizações no céu.
Todas estas características peculiares são o motivo da descoberta relativamente tardia das nuvens de Magalhães. Como o nome já sugere, estes objetos que mais tarde foram estudados e percebidos como galáxias, foram descobertos pelo navegador Fernão de Magalhães em torno de 1519.
Juntamente com as nuvens de Magalhães, a grande galáxia de Andrômeda também pode ser observada à vista desarmada.



Via: OBSERVATÓRIO
EDITADO POR LUANA

Planetas ROCHOSOS

Planetas rochosos, ou "telúricos' (do latim Tellus um sinônimo de Terra) ou planetas sólidos são planetas rochosos assim como a Terra. São 4 os planetas rochosos do Sistema Solar: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.

         A distância média entre o Sol e a Terra é de cerca de 150 milhões de km e, por definição, equivale a uma unidade astronômica (ou simplesmente 1 UA).

         MERCÚRIO: É o menor e mais interno planeta do Sistema Solar, orbitando o Sol a cada 87,969 dias terrestres. Sua órbita tem a maior excentricidade e seu eixo apresenta a menor inclinação em relação ao plano da órbita dentre todos os planetas do Sistema Solar. Mercúrio completa três rotações em torno de seu eixo a cada duas órbitas. O periélio da órbita de Mercúrio apresenta uma precessão de 43 segundos de arco por século, um fenômeno explicado somente no século XX pela Teoria da Relatividade Geral formulada por Albert Einstein. Sua aparência é brilhosa quando observado da Terra, tendo uma magnitude aparente que varia de −2,6 a 5,7, embora não seja facilmente observado pois sua separação angular do Sol é de apenas 28,3º. Uma vez que Mercúrio normalmente se perde no intenso brilho solar, exceto em eclipses solares, só pode ser observado a olho nu durante o crepúsculo matutino ou vespertino.

         Comparado a outros planetas, pouco se sabe a respeito de Mercúrio, pois telescópios em solo terrestre revelam apenas um crescente iluminado com detalhes limitados. As duas primeiras espaçonaves a explorar o planeta foram a Mariner 10, que mapeou aproximadamente 45% da superfície do planeta entre 1974 e 1975, e a MESSENGER, que mapeou outros 30% da superfície durante um sobrevoo em 14 de janeiro de 2008. O último sobrevoo ocorreu em setembro de 2009 e a nave entrou em órbita do planeta em 18 de março de 2011, quando começou a mapear o restante do planeta, numa missão com duração nominal de um ano terrestre.

         Mercúrio tem uma aparência similar à da Lua com crateras de impacto e planícies lisas, não possuindo satélites naturais nem uma atmosfera substancial. Entretanto, diferentemente da Lua, possui uma grande quantidade de ferro no núcleo que gera um campo magnético, cuja intensidade é cerca de 1% da intensidade do campo magnético da Terra. É um planeta excepcionalmente denso devido ao tamanho relativo de seu núcleo. A temperatura em sua superfície varia de 90 a 700 K (−183 °C a 427 °C). O ponto subsolar é a região mais quente e o fundo das crateras perto dos polos as regiões mais frias.

         As primeiras observações registradas de Mercúrio datam pelo menos do primeiro milênio antes de Cristo. Antes do século IV a.C., astrônomos gregos acreditavam que se tratasse de dois objetos distintos: um visível no nascer do sol, ao qual chamavam Apolo, e outro visível ao pôr do Sol, chamado de Hermes. O nome em português para o planeta provém da Roma Antiga, onde o astro recebeu o nome do deus romano Mercúrio, que tinha na mitologia grega o nome de Hermes (ρμς). O símbolo 





         VÊNUS: É o segundo planeta do Sistema Solar em ordem de distância a partir do Sol, orbitando-o a cada 224,7 dias. Recebeu seu nome em homenagem à deusa romana do amor e da beleza Vénus, equivalente a Afrodite. Depois da Lua, é o objeto mais brilhante do céu noturno, atingindo uma magnitude aparente de -4,6, o suficiente para produzir sombras. Como Vénus se encontra mais próximo do Sol do que a Terra, ele pode ser visto aproximadamente na mesma direção do Sol (sua maior elongação é de 47,8°). Vénus atinge seu brilho máximo algumas horas antes da alvorada ou depois do ocaso, sendo por isso conhecido como a estrela da manhã (Estrela d'Alva) ou estrela da tarde (Vésper); também é chamado Estrela do Pastor.

         Vênus é considerado um planeta do tipo terrestre ou telúrico, chamado com frequência de planeta irmão da Terra, já que ambos são similares quanto ao tamanho, massa e composição. Vénus é coberto por uma camada opaca de nuvens de ácido sulfúrico altamente reflexivas, impedindo que a sua superfície seja vista do espaço na luz visível. Ele possui a mais densa atmosfera entre todos os planetas terrestres do Sistema Solar, constituída principalmente de dióxido de carbono. Vénus não possui um ciclo do carbono para fixar o carbono em rochas ou outros componentes da superfície, nem parece ter qualquer vida orgânica para absorvê-lo como biomassa. Acredita-se que no passado Vénus possuía oceanos como os da Terra, que se evaporaram quando a temperatura se elevou, restando uma paisagem desértica, seca e poeirenta, com muitas pedras em forma de placas. A água provavelmente se dissociou e, devido à inexistência de um campo magnético, o hidrogênio foi arrastado para o espaço interplanetário pelo vento solar. A pressão atmosférica na superfície do planeta é 92 vezes a da Terra.

         A superfície venusiana foi objeto de especulação até que alguns dos seus segredos foram revelados pela ciência planetária no século XX. Ele foi finalmente mapeado em detalhes pelo Projeto Magellan em 1990-91. O solo apresenta evidências de extenso vulcanismo e o enxofre na atmosfera pode indicar que houve algumas erupções recentes. Entretanto, a falta de evidência de fluxo de lava acompanhando algumas das caldeiras visíveis permanece um enigma. O planeta possui poucas crateras de impacto, demonstrando que a superfície é relativamente jovem, com idade de aproximadamente 300-600 milhões de anos. Não há evidência de placas tectônicas, possivelmente porque a crosta é muito forte para ser reduzida, sem água para torná-la menos viscosa. Em vez disso, Vénus pode perder seu calor interno em eventos periódicos de reposição da superfície.




         TERRA: É o terceiro planeta mais próximo do Sol, o mais denso e o quinto maior dos oito planetas do Sistema Solar. É também o maior dos quatro planetas telúricos. É por vezes designada como Mundo ou Planeta Azul. Lar de milhões de espécies de seres vivos, incluindo os humanos, a Terra é o único corpo celeste onde é conhecida a existência de vida. O planeta formou-se há 4,54 bilhões (mil milhões) de anos, e a vida surgiu na sua superfície um bilhão de anos depois. Desde então, a biosfera terrestre alterou significativamente a atmosfera e outros fatores abióticos do planeta, permitindo a proliferação de organismos aeróbicos, bem como a formação de uma camada de ozônio, a qual, em conjunto com o campo magnético terrestre, bloqueia radiação solar prejudicial, permitindo a vida no planeta. As propriedades físicas do planeta, bem como suas história geológica e órbita, permitiram que a vida persistisse durante este período. Acredita-se que a Terra poderá suportar vida durante pelo menos outros 500 milhões de anos.

         A sua superfície exterior está dividida em vários segmentos rígidos, chamados placas tectônicas, que migram sobre a superfície terrestre ao longo de milhões de anos. Cerca de 71% da superfície da Terra está coberta por oceanos de água salgada, com o restante consistindo de continentes e ilhas, os quais contêm muitos lagos e outros corpos de água que contribuem para a hidrosfera. Não se conhece a existência de água no estado líquido em equilíbrio, necessária à manutenção da vida como a conhecemos, na superfície de qualquer outro planeta. Os polos geográficos da Terra encontram-se maioritariamente cobertos por mantos de gelo ou por banquisas. O interior da Terra permanece ativo, com um manto espesso e relativamente sólido, um núcleo externo líquido que gera um campo magnético, e um núcleo interno sólido, composto sobretudo por ferro.

         A Terra interage com outros objetos no espaço, em particular com o Sol e a Lua. No presente, a Terra orbita o Sol uma vez por cada 366,26 rotações sobre o seu próprio eixo, o que equivale a 365,26 dias solares ou um ano sideral. O eixo de rotação da Terra possui uma inclinação de 23,4° em relação à perpendicular ao seu plano orbital, produzindo variações sazonais na superfície do planeta com período igual a um ano tropical (365,24 dias solares). A Lua é o único satélite natural conhecido da Terra, tendo começado a orbitá-la há 4,53 bilhões de anos. É responsável pelas marés, estabiliza a inclinação axial da Terra e abranda gradualmente a rotação do planeta. Entre aproximadamente 4,1 e 3,8 bilhões de anos atrás, durante o intenso bombardeio tardio, impactos de asteroides causaram mudanças significativas na superfície terrestre.

         Os recursos minerais da Terra em conjunto com os produtos da biosfera, fornecem recursos que são utilizados para suportar uma população humana global. Estes habitantes da Terra estão agrupados em cerca de 200 estados soberanos, que interagem entre si por meio da diplomacia, viagens, comércio e ação militar. As culturas humanas desenvolveram várias crenças sobre o planeta, incluindo a sua personificação em uma deidade, a crença numa Terra plana, ou em que a Terra é o centro do universo, e uma perspectiva moderna do mundo como um ambiente integrado que requer proteção



          MARTE: É o quarto planeta a contar do Sol e é o último dos quatro planetas telúricos (ou rochosos) no Sistema Solar. A sua distância é de 1,5 UA do Sol (ou seja, a uma vez e meia a distância da Terra ao Sol). De noite, aparece como uma estrela vermelha, razão por que os antigos romanos lhe deram o nome de Marte, o deus da guerra. Os chineses, coreanos e japoneses chamam-lhe "Estrela de Fogo", baseando-se nos cinco elementos da filosofia tradicional oriental. Executa uma volta em torno do Sol em 687 dias terrestres (quase 2 anos terrestres). Marte é um planeta com algumas afinidades com a Terra: tem um dia com uma duração muito próxima do dia terrestre e o mesmo número de estações. Marte tem calotas polares que contêm água e dióxido de carbono gelados, o maior vulcão conhecido do sistema solar - o Olympus Mons, um desfiladeiro imenso, planícies, antigos leitos de rios secos, tendo sido recentemente descoberto um lago gelado. Os primeiros observadores modernos interpretaram aspectos da morfologia superficial de Marte de forma ilusória, que contribuíram para conferir ao planeta um estatuto quase mítico: primeiro foram os canais; depois as pirâmides, o rosto humano esculpido, e a região de Hellas no sul de Marte que parecia que, sazonalmente, se enchia de vegetação, o que levou a imaginar a existência de marcianos com uma civilização desenvolvida. Hoje sabemos que poderia ter existido água abundante em Marte e que formas de vida primitiva podem, de fato, ter surgido.



PLANETAS GASOSOS
   Planetas gasosos ou Gigantes Gasosos são planetas de grandes dimensões (diâmetro e massa) que não são principalmente compostos de rocha ou outras matérias sólidas. Os 4 planetas gasosos do Sistema Solar são: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.
          Os Gigantes Gasosos diferenciam-se dos restantes membros do Sistema Solar pelas suas dimensões e também pela sua composição química e estrutural.
         Esses planetas são corpos compostos principalmente de gases (Hidrogénio, Hélio, Metano) possuindo um pequeno núcleo sólido rochoso no seu interior. A sua composição é semelhante à da nebulosa original que deu formação ao Sistema Solar.
         A distância média entre o Sol e a Terra é de cerca de 150 milhões de km e, por definição, equivale a 1 unidade astronômica (UA), que é a unidade de distância utilizada para descrever as órbitas de planetas e outros corpos do Sistema Solar.


         JÚPITER: É o maior planeta do Sistema Solar, tanto em diâmetro quanto em massa e é o quinto mais próximo do Sol. Possui menos de um milésimo da massa solar, contudo tem 2,5 vezes a massa de todos os outros planetas em conjunto. É um planeta gasoso junto com Saturno, Urano e Neptuno. Estes quatro planetas são por vezes chamados de planetas jupiterianos ou planetas jovianos. Júpiter é um dos quatro gigantes gasosos, isto é, não é composto primariamente de matéria sólida. Júpiter é composto principalmente de hidrogênio e hélio. O planeta também pode possuir um núcleo composto por elementos mais pesados. Por causa de sua rotação rápida, de cerca de dez horas, ele possui o formato de uma esfera oblata. Sua atmosfera é dividida em diversas faixas, em várias latitudes, resultando em turbulência e tempestades onde as faixas se encontram. Uma dessas tempestades é a Grande Mancha Vermelha, uma das características visíveis de Júpiter mais conhecidas e proeminentes, cuja existência data do século XVII, com ventos de até 500 km/h e possuindo um diâmetro transversal duas vezes maior do que a Terra.

       Júpiter é observável a olho nu, com uma magnitude aparente máxima de -2,8, sendo no geral o quarto objeto mais brilhante no céu, depois do Sol, da Lua e de Vênus. Por vezes, Marte aparenta ser mais brilhante do que Júpiter. O planeta era conhecido por astrônomos de tempos antigos e era associado com as crenças mitológicas e religiosas de várias culturas. Os romanos nomearam o planeta de Júpiter, um deus de sua mitologia.

         Júpiter possui um tênue sistema de anéis, e uma poderosa magnetosfera. Possui pelo menos 64 satélites, dos quais se destacam os quatro descobertos por Galileu Galilei em 1610: Ganímedes, o maior do Sistema Solar, Calisto, Io e Europa, os três primeiros são mais massivos que a Lua sendo que Ganímedes possui um diâmetro maior que o do planeta Mercúrio.

         Em tempos modernos, várias sondas espaciais visitaram Júpiter, todas elas de origem estadunidense. A Pioneer 10 passou por Júpiter em Dezembro de 1973, seguida pela Pioneer 11, cerca de um ano depois. A Voyager 1 passou em Março de 1979, seguida pela Voyager 2 em Julho do mesmo ano. A sonda espacial Galileu entrou na órbita de Júpiter em 1995, enviando uma sonda através da atmosfera de Júpiter no mesmo ano e conduzindo múltiplas aproximações com os satélites galileanos até 2003. A sonda Galileu também presenciou o impacto do cometa Shoemaker-Levy 9 em Júpiter em 1994, possibilitando a observação direta deste evento. Outras missões incluem a sonda espacial Ulysses, Cassini-Huygens, e New Horizons, que utilizaram o planeta para aumentar sua velocidade e ajustar a sua direção aos seus respectivos objetivos. Um futuro alvo de exploração é Europa, satélite que potencialmente possui um oceano líquido.




         SATURNO: É o sexto planeta do Sistema Solar, com uma órbita localizada entre as órbitas de Júpiter e Urano. É o segundo maior planeta, após Júpiter, sendo um dos planetas gasosos do Sistema Solar, porém o de menor densidade, tanto que se existisse um oceano grande o bastante, Saturno flutuaria nele. Seu aspecto mais característico é seu brilhante sistema de anéis, o único visível da Terra. Seu nome provém do deus romano Saturno. Faz parte dos denominados planetas exteriores.

         Saturno é um planeta gasoso, principalmente composto de hidrogênio (97%), com uma pequena proporção de hélio e outros elementos. Seu interior consiste de um pequeno núcleo rochoso e gelo, cercado por uma espessa camada de hidrogênio metálico e uma camada externa de gases. A atmosfera externa tem uma aparência suave, embora a velocidade do vento em Saturno possa chegar a 1.800 km/h, significativamente tão rápido como os de Júpiter, mas não tão rápidos como os de Netuno. Saturno tem um campo magnético planetário intermediário entre as forças da Terra e o poderoso campo ao redor de Júpiter.

         Antes da invenção do telescópio, Saturno era o mais distante dos planetas conhecidos. A olho nu não parecia ser luminoso. O primeiro ao observar seus anéis foi Galileu em 1610, porém devido à baixa inclinação de seus anéis e à baixa resolução de seu telescópio lhe fizeram pensar a princípio que se tratava de grandes luas. Christiaan Huygens com melhores meios de observação pode em 1659 visualizar com clareza os anéis. James Clerk Maxwell em 1859 demonstrou matematicamente que os anéis não poderiam ser um único objeto sólido, sendo que deveriam ser um agrupamento de milhões de partículas de menor tamanho.

         O movimento de rotação em volta do seu eixo demora cerca de 10,5 horas, e cada revolução ao redor do Sol leva 29 anos terrestres.

         Tem um número elevado de satélites, 61 descobertos até então, e está cercado por um complexo de anéis concêntricos, composto por dezenas de anéis individuais separados por intervalos, estando o mais exterior destes situado a 138 000 km do centro do planeta geralmente compostos por restos de meteoros e cristais de gelo. Alguns deles têm o tamanho de uma casa.

         Saturno é um esferoide oblato (achatado nos polos) - seus diâmetros polares e equatoriais variam por quase 10% (120 536 km contra 108 728 km). Este é o resultado de sua rápida rotação. Na linha do equador é notável uma pequena saliência, devido à velocidade de rotação. Os outros planetas gasosos também são oblatos, mas em um menor grau. Saturno é o único do sistema solar que é menos denso que a água, com uma densidade média de 0,69 g/cm³.



URANO: É o sétimo planeta a partir do Sol, o terceiro maior e o quarto mais massivo dos oito planetas do Sistema Solar. Foi nomeado em homenagem ao deus grego do céu, Urano, o pai de Cronos (Saturno) e o avô de Zeus (Júpiter). Embora seja visível a olho nu em boas condições de visualização, não foi reconhecido pelos astrônomos antigos como um planeta devido a seu pequeno brilho e lenta órbita. William Herschel anunciou sua descoberta em 13 de maio de 1781, expandindo as fronteiras do Sistema Solar pela primeira vez na história moderna. Urano foi também o primeiro planeta descoberto por meio de um telescópio.

         Urano tem uma composição similar à de Netuno, e ambos possuem uma composição química diferente da dos maiores gigantes gasosos, Júpiter e Saturno. Como tal, os astrônomos algumas vezes os colocam em uma categoria separada, os "gigantes de gelo". A atmosfera de Urano, embora similar às de Júpiter e Saturno em sua composição primária de hidrogênio e hélio, contém mais "gelos" tais como água, amônia e metano, assim como traços de hidrocarbonetos. É a mais fria atmosfera planetária no Sistema Solar, com uma temperatura mínima de 49 K (–224 °C). Tem uma complexa estrutura de nuvens em camadas, e acredita-se que a água forma as nuvens mais baixas, e metano as mais exteriores. Em contraste, seu interior é formado principalmente por gelo e rochas.

         Como os outros planetas gigantes, Urano tem um sistema de anéis, uma magnetosfera e vários satélites naturais. O sistema uraniano tem uma configuração única entre os planetas porque seu eixo de rotação é inclinado para o lado, quase no plano de translação do planeta. Portanto, seus polos norte e sul estão quase situados onde seria o equador nos outros planetas. Em 1986, imagens da sonda Voyager 2 mostraram Urano como um planeta virtualmente sem características na luz visível, ao contrário dos outros planetas gigantes que contêm faixas de nuvens e grandes tempestades. Entretanto, observações terrestres têm mostrado sinais de mudanças sazonais e aumento da atividade meteorológica nos últimos anos à medida que Urano se aproximou do equinócio. A velocidade de vento no planeta pode alcançar 250 metros por segundo (900 km/h).



NETUNO: É o oitavo planeta do Sistema Solar, e o último, em ordem de afastamento a partir do Sol, desde a reclassificação de Plutão para a categoria de planeta-anão, em 2006, que era o último dos planetas. É, tal como a Terra, conhecido como o "Planeta Azul", mas não devido à presença de água. Neptuno recebeu o nome do deus romano dos mares. É o quarto maior planeta em diâmetro, e o terceiro maior em massa. Neptuno tem 17 vezes a massa da Terra e é ligeiramente mais maciço do que Urano, que tem cerca de 15 vezes a massa da Terra e é menos denso. O seu símbolo astronômico é Símbolo astronômico para Neptuno, uma versão estilizada do tridente do deus Neptuno.

         Descoberto em 23 de Setembro de 1846, Neptuno foi o primeiro planeta encontrado por uma previsão matemática, em vez de uma observação empírica. Inesperadas mudanças na órbita de Urano levaram os astrónomos a deduzir que sua órbita estava sujeita a perturbação gravitacional por um planeta desconhecido. Subsequentemente, Neptuno foi encontrado, a um grau da posição prevista. A sua maior lua, Tritão, foi descoberta pouco tempo depois, mas nenhuma das outras 12 luas do planeta foram descobertas antes do século XX. Neptuno foi visitado por uma única sonda espacial, Voyager 2, que voou pelo planeta em 25 de Agosto de 1989.

         A composição de Neptuno é semelhante à composição de Urano, e ambos têm composições diferentes das dos maiores gigantes gasosos Júpiter e Saturno. A atmosfera de Neptuno, apesar de ser semelhante à de Júpiter e de Saturno por ser composta basicamente de hidrogénio e hélio, juntamente com os habituais vestígios de hidrocarbonetos e, possivelmente, nitrogénio, contém uma percentagem mais elevada de "gelos", tais como água, amónia e metano. Como tal, os astrónomos por vezes colocam-nos numa categoria separada, os "gigantes de gelo". Em contraste, o interior de Neptuno é composto principalmente de gelo e rochas, como o de Úrano. Existem traços de metano nas regiões ultra periféricas que contribuem, em parte, para a aparência azul do planeta.

         Em oposição à relativamente monótona atmosfera de Urano, a atmosfera de Neptuno é notável pelos seus padrões climáticos ativos e visíveis. Netuno tem os ventos mais fortes de qualquer planeta no sistema solar, que podem chegar a atingir os 2100 quilómetros por hora. Na altura do voo da Voyage dois, por exemplo, o seu hemisfério sul possuía uma Grande Mancha Escura, comparável à Grande Mancha Vermelha de Júpiter. A temperatura na alta atmosfera é geralmente próxima de -218 °C (55,1 K), um dos mais frios do sistema solar, devido à sua grande distância do sol. A temperatura no centro da Netuno é de cerca de 7000 °C (7270 K), o que é comparável à da superfície do Sol e semelhante à encontrada no centro da maioria dos outros planetas do sistema solar. Netuno tem um pequeno e fragmentado sistema de anéis, que pode ter sido detectado durante a década de 1960, mas só foi confirmado indiscutivelmente




Via: GALERIA DO METEORITO
EDITADO POR LUANA
NEBULOSAS

         NEBULOSAS: São nuvens moleculares de hidrogênio, poeira, plasma e outros gases ionizados. São regiões de constante formação estelar, e isso ocorre quando partes do material que constitui a nebulosa começa a se aglutinar, formando estrelas e sistemas planetários, assim como o nosso. Quando parte de uma nebulosa começa a se aglutinar, a atraça gravitacional se encarrega para completar o processo de formação de novas estrelas. Este evento é conhecido como "colapso gravitacional". As nebulosas se encontram no interior de galáxias, no meio inter-estelar.




NEBULOSAS DE EMISSÃO: São nuvens de gás com temperatura alta. Os átomos na nuvem são energizados por luz ultravioleta de uma estrela próxima e emitem radiação quando decaem para estados de energia mais baixos (luzes de néon brilham praticamente da mesma maneira). Nebulosas de emissão são geralmente vermelhas, por causa do hidrogênio, o gás mais comum do Universo e que comumente emite luz vermelha. Um exemplo de nebulosa de emissão é a nebulosa de Orion (imagem abaixo). Esta nebulosa encontra-se há 1.800 anos luz do Sol, e é formada por gases que rodeiam um grupo de estrelas jovens, cujos átomos se excitam com a energia dessas estrelas.




NEBULOSAS ESCURAS: são nuvens de gás e poeira que impedem quase completamente a luz de passar por elas, e são identificadas pelo contraste com o céu ao redor delas, que é sempre mais estrelado ou luminoso. Elas podem estar associadas à regiões de formação estelar. As maiores nebulosas escuras são visíveis a olho nu, elas aparecem como caminhos escuros contra o fundo brilhante da Via Láctea. Exemplos são a Nebulosa Saco de Carvão e a Nebulosa Cabeça de Cavalo (imagem abaixo).




         NEBULOSAS DE REFLEXÃO: são nuvens de poeira que simplesmente refletem a luz de uma estrela ou de estrelas próximas. Nebulosas de reflexão são geralmente azuis porque a luz azul é espalhada mais facilmente. Nebulosas de emissão e de reflexão são geralmente vistas juntas e são também chamadas de nebulosas difusas. Conhecemos cerca de 500 nebulosas de reflexão. Uma das mais famosas nebulosas de reflexão é a que rodeia as estrelas das Plêiades. Uma nebulosa de reflexão azul pode também ser vista na mesma área do céu que a Nebulosa da Trífida. A gigante estrela Antares, que é muito vermelha, é rodeada por uma grande nebulosa de reflexão vermelha. Na imagem abaixo, veja a Nebulosa de Reflexão IC2118 (The Witch Head Nebula), na constelação de Eridanus




NEBULOSAS PLANETÁRIAS: Receberam esse nome de William Herschel porque quando foram vistas ao telescópio pela primeira vez, elas se pareciam com um planeta. Posteriormente se descobriu que elas na verdade não são nuvens moleculares e locais de formação de estrelas, e sim, que eram causadas por material ejetado de uma estrela central, que pode ter explodido como uma supernova. Este material é iluminado pela estrela central e brilha, podendo ser observado um espectro de emissão. A estrela central normalmente termina como uma anã branca. Ou seja, as nebulosas planetárias são na verdade, a morte, ou o estágio final de estrelas. Um belo exemplo de nebulosa planetária é a Nebulosa M57 (Nebulosa do Anel) que se encontra a 2.300 anos-luz de distância, podendo ser vista na constelação de Lira. Veja este magnífico exemplo de nebulosa planetária na (imagem abaixo).




EDITADO POR LUANA SILVA
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FONTE: GALERIA DO METEORITO